quarta-feira, 24 de junho de 2009

Etanol de segunda geração próximo de se tornar viável

Empresa investe de 13 a 14% do fatoramento total em P&D
Quinta-feira, 04 de junho de 2009 08:13
Etanol de segunda geração próximo de se tornar viável

Um modelo viável para a produção do etanol de segunda geração - produzido a partir de biomassa - deverá ser apresentado no Brasil já em meados do ano que vem. Essa é a expectativa da empresa dinamarquesa de enzimas industriais Novozymes, um dos principais "players" na corrida internacional por combustíveis alternativos ao petróleo.

Até lá, o laboratório brasileiro da empresa, em Curitiba, deverá superar o maior dos obstáculos nas pesquisas científicas em geral: a viabilidade tecnológica do novo produto. Diferentemente do etanol de primeira geração, feito a partir do caldo da cana (técnica largamente dominada), o de segunda geração ainda não encontrou a sua "mistura óptima" - o que, no jargão químico, significa o coquetel de enzimas perfeito que dê a esse novo etanol as características desejadas.

Encontrar essa tecnologia, diz a empresa, implica custos altos de pesquisa. "Por enquanto, estamos falando de um negócio com potencial gigante, mas que ainda não existe", disse ao Valor Pedro Luiz Fernandes, presidente regional para América Latina da Novozymes. "O grande desafio, o determinante nesse negócio todo é o custo da nova tecnologia".

A Novozymes investe globalmente de 13% a 14% de seu faturamento total em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de enzimas para diversos setores, incluindo para fins energéticos. Isso representará, para este ano, aproximadamente R$ 500 milhões. As enzimas são obtidas através de microorganismos, como fungos, leveduras e bactérias.

A primeira experiência de produção de etanol de segunda geração da empresa no Brasil teve início há quase três anos por meio da parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), lembrado pela excelência em pesquisas com cana-de açúcar. Em janeiro passado, a parceria colocou de pé o projeto-piloto para a produção de mil litros por dia de etanol feito a partir do bagaço da cana, em Piracicaba, interior de São Paulo.

O CTC trabalha essencialmente com o aprimoramento da técnica de explosão a vapor do bagaço da cana. Essa é a preparação do material, uma etapa crucial no processo, que então é enviado para os laboratórios da Novozymes no Paraná e na Dinamarca.

A Novozymes utiliza em suas pesquisas a técnica conhecida como hidrólise enzimática - o uso de enzimas na conversão da biomassa em açúcar. Estima-se que cada tonelada de cana gere, em média, 250 quilos de bagaço. A empresa não informa o custo atual de produção de litro de etanol de segunda geração. "Até o final do ano deveremos ter esses números", afirmou Nilson Boeta, superintendente do CTC.

O mercado, no entanto, presta máxima atenção nos desdobramentos das políticas externas para o uso desses novos combustíveis.

Em visita ao Ethanol Summit, realizado em São Paulo, o CEO e presidente mundial da Novozimes, Steen Riisgaard, lembrou as diretivas dos EUA adotadas pelo governo Barack Obama para consumo de etanol de segunda geração: 100 milhões de galões em 2010, pulando para 16 bilhões de galões em 2022. "Eles não terão como produzir esse volume. É uma oportunidade para o Brasil exportar etanol de segunda geração", disse Riisgaard.

(Fonte: CETEM - Centro de Tecnologia Mineral)

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Polônia ilustra o desafio de reduzir o uso do carvão

Valor Econômico, 08/12/2008 Daniela Chiaretti, De Konin, Polônia

Os movimentos lentos dos três cisnes dão tom idílico ao Ostrowskie, belo lago de uma cidade de veraneio na Polônia. Mas uma espiada mais atenta revela coisas esquisitas. O toboágua vermelho pelo qual deviam deslizar os banhistas dá direto na areia. O aviso de "Não pule na água!" ainda está pintado no chão do cais alertando para o risco de acidente. Até 2000, ali era um ponto raso. Agora não há mais água, só terra. O lago sumiu.
Cisnes e água estão alguns metros adiante de onde costumavam estar. As águas baixaram 1,5 metro em oito anos. O lago original, de 350 hectares, perdeu 50 hectares e ficou dividido em dois, conta o morador Josef Drzazgowski. Ele, que nasceu e vive no vilarejo de Gniczno, em Konin, não tem dúvida de quem é a culpa. "A mina de carvão e as usinas termoelétricas da região vêm tirando água para resfriar as turbinas. E o lago está secando", acusa. Drzazgowski, que também preside a associação de moradores da região, diz que há lagos por perto onde a água baixou até 7 metros. "A empresa diz que a culpa é do aquecimento global e dos turistas", continua. "Mas como pode ser? Os turistas levam água quando vão embora?"
Drzazgowski está certo de que o fenômeno é responsabilidade da empresa que explora minas de superfície na região e de seus clientes, três termoelétricas estatais que geram 1.800 MW cada. Fornecem energia à região e são a principal fonte de emprego local. Ele suspeita que a água dos lençóis freáticos também está sendo usada. "Há outro lago, a 10 km daqui, na mesma situação", continua. Antes, diz, a região de Konin tinha 2.600 hectares de água, entre lagos e canais contínuos, e agora o sistema está todo fragmentado. O turismo tem diminuído, há mais desemprego.
"Não sabemos o que está acontecendo", diz Janusz Wisniewski, chefe do Instituto de Meteorologia e do Departamento de Água de Poznan. "Precisamos pesquisar mais." Konin, diz, está se transformando em um lugar árido. "A produção agrícola local vem sendo seriamente afetada pelos problemas de escassez de água, e isso certamente não tem nada a ver com a mudança climática", continua.
A polêmica acontece a 142 quilômetros de Poznan, a cidade que sedia a 14ª conferência da ONU sobre mudanças climáticas. Virou um caso emblemático. O Greenpeace instalou ao lado da área onde ocorre a exploração de carvão a Estação de Resgate Climático, uma estrutura de três andares e formato redondo, representando a Terra.
"As negociações em Poznan estão sendo desastrosamente lentas" diz Bart van Opzeeland, do Greenpeace Internacional. "Se os governos não concordarem logo, este processo pode se arrastar por anos. Não temos este tempo".
Na semana passada, cinco ativistas do Greenpeace escalaram uma das chaminés da termoelétrica Pantnow, em Konin, para pendurar a faixa onde se lia "Desistam do carvão, salvem o clima". Ficaram lá, a 150 metros do chão, por 50 horas. "Queremos ver um sinal claro da Polônia de que o país leva a sério a decisão de se afastar do carvão. Mas, pelo contrário, eles estão bloqueando a adoção de um plano europeu para cortar emissões", disse Gavin Edwards, chefe da campanha climática do Greenpeace.
Ambientalistas se referem à Polônia como a "China da Europa". Praticamente 93% da matriz energética do país vêm do carvão, tido como o mais sujo dos combustíveis fósseis. O país, segundo relatos, é um dos que breca as negociações na União Européia. A Polônia tem bloqueado a tramitação na UE de um pacote climático e energético que estabelece, entre outras metas, reduzir as emissões de gases-estufa entre 25% e 40% em 2020, segundo os níveis de 1990, e ter uma fatia de 20% de fontes renováveis na matriz energética em 12 anos.
A diretoria da mineradora diz que a empresa está em Konin há 60 anos e que o Greenpeace está sendo oportunista. "Eles nunca fizeram nada do gênero na Grécia, que produz as mesmas 16 milhões de toneladas de carvão por ano que a Polônia", diz Arkadiusz Michalski, porta-voz da mineradora. "Somos pequenos poluidores comparados a outros países", diz. "A maior parte da poluição vem dos países que estão a oeste [a Europa ocidental], é uma questão mais deles que nossa". E continua: "A Polônia ainda não está pronta para as energias renováveis." Ao lado da mina, três torres de geração de energia eólica não giram, numa metáfora concreta do que diz Michalski. Elas aguardam licença para funcionar.
O discurso ambíguo do país anfitrião da conferência tem a ver com a herança menos moderna e tecnologicamente avançada das nações do Leste Europeu. Migrar para fontes de energia mais limpa, em casos como este, custa muito, argumentam funcionários do governo. Tecnologias que procuram seqüestrar o carbono que as termoelétricas a carvão jogam no ar - e que estão sendo buscadas em várias partes do mundo, inclusive no Brasil -, a chamada CCS, ainda não existem em escala comercial.
A geração de energia por termoelétricas a carvão no mundo responde por 11 bilhões de toneladas anuais de CO2, o principal entre os gases-estufa. Isto significa cerca de 1/3 das emissões globais desse gás. Os planos de construir mais térmicas a carvão no mundo vão na contramão do que sugere o IPCC, o braço científico da ONU - as emissões mundiais de gases-estufa têm de atingir o pico até no máximo 2015 e depois despencar para evitar que a temperatura da Terra suba 2°C até 2050, num dos piores cenários para o clima.

Fonte: REDETEC

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

"Ambientalismo é Guiado pelo Medo", Entrevista de Patrick Moore

Ex-integrante do Greenpeace defende hoje energia nuclear e manejo sustentável

Roberta Jansen escreve para "O Globo":

Ele enfurece os ambientalistas tradicionais desde que deixou o Greenpeace - do
qual foi co-fundador e onde trabalhou por nove anos - e passou a defender a
energia nuclear como a grande solução para o combate ao aquecimento global.
Polêmico, Patrick Moore é atualmente diretor da NextEnergy Solutions, a maior
distribuidora de energia geotérmica do Canadá, e conselheiro do setor nuclear.

Ele participa, na terça-feira, no Rio, do XII Congresso Brasileiro de Energia,
patrocinado pela Indústrias Nucleares do Brasil e Eletronuclear, e do Fórum
Internacional de Energia Renovável, em Florianópolis.

- O senhor costuma dizer que o movimento ambiental não é guiado pela ciência.
Por quê?


Porque em muitas áreas não é mesmo. A produção de energia é uma delas. Muitos
grupos, o Greenpeace entre eles, defendem a eliminação da energia fóssil,
nuclear e hidroelétrica, que respondem por 99% da energia do mundo. Então não
acho que estejam sendo realistas, nem baseando suas opiniões em ciência. É
impossível eliminar tudo isso e ainda termos a nossa civilização. Eles dizem que
as energias renováveis são suficientes. Talvez estejam desinformando as pessoas,
contando histórias da carochinha impossíveis de serem atingidas. No caso dos
transgênicos é a mesma coisa. Não há evidência científica de que esses grãos
causem danos, mas sim de que são benéficos. E se recusam a ouvir isso. Muitos
são contra também o manejo sustentável das florestas. Então, não se baseiam em
ciência.

- O que guia o movimento ambiental hoje? Interesses políticos, industriais?

O movimento ambiental se tornou uma indústria global. Não sou contra isso. O
ambientalismo é guiado hoje por campanhas de desinformação e medo, nas quais não
há ciência para embasar. A maioria dos militantes é ingênua, acredita naquilo.
Mas os líderes lançam essas campanhas apenas para arrecadar fundos. Não há
problema em arrecadar fundos, desde que não seja baseado em desinformação. Acho
que a tendência é que percam credibilidade ao não ouvirem a ciência, mas isso
leva tempo ainda.

- Quando foi que o senhor mudou de idéia a respeito da energia nuclear? Por que
isso aconteceu?


Nos 90, por conta das mudanças climáticas. Acho que, de qualquer forma, reduzir o
uso de combustíveis fósseis é uma boa idéia. E é uma boa idéia também para a
saúde da população, para a conser vação. E ampliar o uso da energia nuclear é a
melhor forma de fazer isso. A nuclear é a única que pode ser usada em larga
escala para a redução das emissões porque é viável do ponto de vista econômico
e, ao mesmo tempo, atende à crescente demanda por energia. Uma das coisas mais
irônicas hoje é que, como o movimento ambiental é contra a energia nuclear e a
hidroelétrica, que poderiam reduzir em muito o uso de combustíveis fósseis, ele
é hoje o maior entrave para essa redução. Por que a energia solar e a eólica não
seriam a solução? E a hidroelétrica? Moore: Não dá para fechar uma usina de
carvão, por exemplo, contando com energia solar e eólica. Precisamos de energia
quando não estiver ventando e à noite. Mas a energia nuclear pode substituir
sim. Ela não é apenas a melhor alternativa hoje, mas para o futuro também. A
hidroelétrica depende da capacidade dos rios. O Brasil tem sorte. Mas há nações
que não têm isso.

- Muitas pessoas o acusam de ser pautado pelos interesses da indústria nuclear.
O que o senhor diz?


Eu digo as coisas que eu digo porque acredito nelas. Em minhas apresentações
exponho as minhas próprias opiniões baseadas em fatos. Estudo seriamente esse
assunto há quase 40 anos, sou reconhecido por meu conhecimento nessa área. Eu
sei o que as pessoas dizem, mas isso não é verdade. Eu apóio a energia nuclear
porque acho que ela é a solução para um futuro sustentável. E faço isso por
razões ambientais: a energia nuclear não mata gente todos os dias como as
emissões de combustível fóssil. É uma energia limpa, seus resíduos não são
jogados no meio ambiente, como os do carvão por exemplo.

- Mas os resíduos nucleares são uma das maiores preocupações.

Os resíduos não são um problema porque sabemos onde eles estão e sabemos que
estão em segurança, isolados, não sendo lançados no meio ambiente.

- O senhor defende o plantio de árvores para o uso da madeira. Todo o movimento
ambiental quer matar o senhor?

Bem, eu acho que eles discordam de mim. E eu também acho que eles estão errados.
Acho que deve haver reservas, áreas protegidas sim. Mas também precisamos de
madeira para a nossa civilização, para fazer casas, móveis, papel. E é bom
porque é um recurso renovável. Por que não maximizar o volume de madeira de
forma sustentável? Precisamos plantar mais árvores para, então, usá-las.

- O Brasil está entre os maiores emissores de dióxido de carbono graças ao desmatamento da
Amazônia. Isso não é uma má idéia?


Acho que precisamos plantar mais árvores. Mas acho que o desmatamento da
Amazônia vem sendo exagerado. Mais de 80% da floresta estão de pé. Em que outra
parte do mundo se vê isso? Em lugar nenhum. E a maior parte da área desmatada é
para a agricultura. Acho que ninguém está queimando a floresta porque é
divertido. E não vejo nenhum mal nisso se você tem áreas protegidas - quesito no
qual o Brasil é campeão. O país tem uma das melhores legislações do mundo sobre
uso da terra, tem um alto nível de preocupação ambiental. Mas é mostrado
internacionalmente pelo movimento ambiental como um país que está destruindo sua
floresta. Resumindo, acho que o país está sendo tratado de forma injusta, mas
acho também que os brasileiros têm um complexo de inferioridade forte. Acham que
são ruins quando, na verdade, estão fazendo coisas melhores do que o resto do
mundo. O país tem 95% de sua energia proveniente de hidroelétricas e boa parte
dos carros movida a álcool, deveria estar orgulhoso disso.

(O Globo, 14/11/08)

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

O Preço da Floresta: Até R$226 por Hectare

Retenção de carbono por árvores da Amazônia tem valor estimado em estudo do WWF

Roberta Jansen escreve para "O Globo":

Deter as queimadas nas florestas é fundamental para reduzir as emissões de CO2 - o principal gás do efeito estufa - liberadas em grande quantidade na queima. Para além disso, manter a mata de pé também representa um ganho em termos de combate ao aquecimento do planeta, uma vez que a vegetação retém carbono.

Mas preservar a floresta intacta é uma moeda a ser negociada, como a redução das queimadas? Por que valor? Um estudo do WWF acaba de determinar este montante: varia de R$ 113 a R$ 226 por hectare ao ano. Os dados fazem parte do trabalho "Mantendo a Floresta Amazônica em pé: uma questão de valores", encomendado pela ONG ao Instituto Copérnico, da Universidade de Utrecht, na Holanda. O valor é essencial para a nova rodada de discussões sobre o acordo climático que deverá suceder Kioto a partir de 2012, e pode beneficiar o Brasil.

O mercado de carbono - em que se pode negociar redução de emissões na forma de créditos - ainda não aceita a floresta em pé como valor negociável.

Mas é praticamente certo que passará a aceitar no tratado que substituirá o de Kioto. Faltava apenas uma fórmula para mensurar o valor da floresta em pé.

E foi o próprio estabelecimento do mercado que forneceu aos pesquisadores o dado que faltava na equação: um valor para a tonelada de CO2, que varia de US$ 5 a US$ 15. Já se sabia que, as árvores, dependendo de seu tipo, são capazes de reter de 80 a 200 toneladas de CO2 por hectare.

- Estabelecer esse valor sempre foi o desafio. Agora já temos como atribuir um valor ao carbono retido ali, a partir do preço dado pelo próprio mercado - explicou o engenheiro florestal Mauro Armelin, coordenador do programa de apoio ao desenvolvimento sustentável do WWFBrasil. - Mas o mais importante do estudo é chamar a atenção para as coisas que a floresta produz e a gente não vê, os serviços florestais.

A floresta não é só madeira, ela é estoque, por exemplo, de carbono e de chuva, este último ainda não mensurável.

Segundo Mauro, ainda não dá pra estabelecer um valor total por hectare de floresta em pé - com base em todos os serviços prestados. Mas a ideia é mostrar que a mata intacta poderia remunerar muito mais o proprietário do que sua destruição, ser competitiva frente à pecuária, por exemplo, a partir da negociação no mercado de carbono.

(O Globo, 10/2)

Não vamos esquecer que hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Seu planeta precisa de você. Já fez sua parte hoje?

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de Junho)

Mensagem do Secretário Geral das Nações Unidas – Sr. Ban Ki-Moon

A turbulência econômica e financeira que varre o planeta é um verdadeiro chamado para o despertar e soa como um alarme para a necessidade de se melhorar antigos padrões de crescimento e fazer uma transição para uma nova era do desenvolvimento mais limpo e verde. O tema deste ano do Dia mundial do Meio Ambiente - "Seu planeta precisa de você" – visa inspirar-nos a todos para fazer nossa parte.

A Terra enfrenta a grave ameaça da mudança climática. Embora todos os países possam sofrer, os pobres deverão arcar com o peso de seu impacto. Temos, porém, a oportunidade de mudar de rumo. Cruciais discussões sobre mudanças climáticas terão lugar em Copenhagen, em dezembro de 2009. Juntos, devemos mobilizar os governos para selar um novo acordo climático ("Seal the Deal").

O mundo também precisa de um "Novo Pacto Verde" centrado no investimento
em fontes renováveis de energia, infra-estrutura ecológica amigável e eficiência
energética. Isto não só irá criar empregos e promover recuperação econômica, mas ajudará também a combater o aquecimento global. Se investirmos, mesmo que parte dos substanciais pacotes de estímulo econômicos na economia verde,
poderemos trasformar a crise de hoje no crescimento sustentável de amanhã. Além disso, os países que fizerem a transição para uma sociedade com baixas emissões de carbono irão colher mais do que benefícios ambientais significativos – estarão mais bem colocados para compartilhar sua nova tecnologia com os outros.

Nosso planeta precisa de mais do que apenas ações por parte de governos e corporações, necessita de cada um de nós. Embora as decisões individuais possam parecer pequenas diante das ameaças e das tendências globais, quando bilhões de pessoas unem suas forças em um propósito comum podem fazer uma enorme diferença.

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, eu conclamo todas as pessoas a tomarem
medidas concretas para tornar o planeta mais verde e limpo. Desliguem as luzes. Andem de transporte público. Reciclem. Plantem uma árvore. Limpem o parque mais próximo. Responsabilizem as corporações por suas práticas ambientais. Instem seu governo e seus representantes para selar o acordo em Copenhagen.

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Need For Change

[Texto em inglês extraido do www.centreflow.ca]

Canadian Nuclear Association Annual Conference Report 3

It’s common practice to present conference speakers with a token gift for their efforts. Brad Wall, a 10-year veteran of the Saskatchewan legislature and Premier since November 2007, enjoys these perquisites.

When he mentioned Saskatchewan’s beef industry to one audience, he was rewarded by the industry with some beef jerky and a stockman’s tie. When he told another audience that Saskatchewan accounts for 25 percent of the world’s mustard production, the growers sent him a mustard-coloured tie and pocket square and an assortment of mustards and seeds.

So when he spoke at the Canadian Nuclear Association’s recent annual conference, he joked that he was particularly mindful of his audience. His expectation that “any gifts that I may receive I can actually store at my house” elicited hearty laughter.

From there on, however, Wall was all business. ”By any measure, Saskatchewan is to uranium what Saudi Arabia is to oil,” he said, adding that a significant percentage of homes in the United States can trace their electricity back to his province’s uranium.

(pictured above: McArthur River Mine, northern Saskatchewan). While the industry spends more than $188 million on salaries, wages and benefits in a sector where half of its workers are First Nations or Metis, which Wall believes is unique in North America, simply mining uranium was “not good enough” and he wants to change that.

He pointed out that in July 1949, Dr. Harold Johns of the University of Saskatchewan, visited the Chalk River Nuclear Laboratories near Ottawa to get the country’s first therapeutic cobalt wafer. Installed in a “cobalt bomb” at the university hospital’s new cancer wing, it was used to treat a 40-year-old woman with advanced cancer in November 1951. The patient lived to be 90.

“Just as 1949 was a year of discovery, 2009 can be the beginning of a new era in sustainable nuclear energy development or the next medical application or development in science” Wall said.

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Outro Lado

Para quem quiser ler, recebi este e-mail, com uma "resposta" da INB às acusações do Greenpeace:

A empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB) emitiu nota rebatendo as acusações feitas pelo Greenpeace de que a exploração de urânio na mina de Caetité seria responsável por uma suposta contaminação da água potável do município, localizado no sertão da Bahia. Abaixo, segue a íntegra do comunicado:
"O Greenpeace, no seu habitual tom alarmista, divulgou o relatório 'Ciclo do Perigo - Impactos da Produção de Combustível Nuclear no Brasil', com o aparato que caracteriza suas ações, primeiramente por uma extensa reportagem do jornal da Rede Record no dia 15/10/08 para dar seqüência, no dia seguinte, com uma entrevista coletiva às principais mídias do país sobre o mesmo assunto.
Tanto na reportagem da televisão como na coletiva, essa ONG pretendeu dar a impressão do descaso com que as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), administram a unidade produtiva de Caetité, única mina de urânio brasileira, levando perigo ao meio ambiente e às populações que vivem no entorno dessa mineração.
A ONG está em Caetité e arredores desde abril deste ano promovendo diversas reuniões em comunidades da região em conjunto com a 'pastoral do meio ambiente'. Em agosto desse ano foi realizada audiência pública convocada por essas entidades visando a mobilizar a sociedade e autoridades.
De imediato a INB repudia frontalmente as infundadas acusações já que sua operação não apresenta qualquer evidência de contaminação ambiental ou que tenha colocado em risco a saúde dessas populações.
A contaminação com urânio de duas amostras de água, por eles coletadas e analisadas na Inglaterra e que, levianamente, pretendem evidenciar a poluição causada pelas operações da empresa, precisam estar suportadas por estudos que demonstrem essa relação de causa e efeito. Os programas da INB, esses sim tecnicamente demonstráveis, indicam exatamente o contrário. A INB realiza aproximadamente 16 mil análises ambientais por ano e ao longo de 8 anos de operação montou um banco de dados que lhe permite assegurar que opera dentro dos limites estabelecidos pelos órgãos de licenciamento.
Os municípios de Caetité e seus vizinhos abrangem o que se conhece como 'Província Uranífera de Caetité', que significa que o urânio encontra-se disseminado por toda a região, há mais de 500 milhões de ano, e que ele ocorre sob diversas formas, dimensões e profundidades. Ao se perfurar um poço, é possível que ele atravesse um desses pequenos corpos uraníferos que certamente irá contaminar a água ali acumulada. Esta é a razão porque a INB, ao realizar perfurações para atender às comunidades do entorno, só libera a sua utilização após comprovada inexistência de urânio.
Além do mais, as amostras citadas foram retiradas de locais distando mais de 8 km da mina, distância esta que, pelos detalhados e sérios estudos técnicos realizados, comprovam a impossibilidade da migração do urânio até aquelas localidades, nos teores alardeados.
Novamente de maneira leviana, pretendeu também o Greenpeace associar os casos de câncer existentes na região com a lavra da mina de urânio, sem apresentar nenhum indício ou embasamento científico.
A INB, diferentemente do que afirma a ONG, possui um relacionamento amistoso e de respeito com a maioria da população que vive no seu entorno, participando de várias iniciativas de cunho social, recebendo visitas de diferentes segmentos das cidades e vilas, e levando informações às salas de aula, seminários e variados eventos que ocorrem na região.
Ressalte-se que a maioria dos mais de 400 trabalhadores que atuam na unidade de produção mora nas cidades onde, convivendo com outros moradores, discute assuntos sobre as atividades da empresa.
É oportuno lembrar que as atividades da INB são permanentemente fiscalizadas por órgãos com a estatura profissional e ética da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), do Ministério do Trabalho, do Ministério da Saúde, da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia, que recebem sistematicamente todos os dados e informações produzidos pela empresa, além de outros por eles exigidos. A unidade também recebe freqüentemente visitas de especialistas de universidades brasileiras e estrangeiras que coletam e analisam essas informações necessárias aos seus estudos e cujos resultados referendam aqueles obtidos pela empresa.
A INB reafirma a sua constante preocupação com todos os aspectos relacionados à saúde dos seus empregados e associados do empreendimento, bem como ao meio ambiente como um todo, não tendo qualquer pendência ou relação obscura com qualquer das partes acima mencionadas.
Estranhamente, no relatório produzido pelo Greenpeace lê-se a seguinte afirmativa: 'considerando o escopo limitado, esta pesquisa não responde totalmente se a operação de mineração de urânio causa contaminação ambiental no entorno da mina de Caetité. A natureza uranífera dos minerais que ocorrem na área pode significar que a contaminação é resultado de uma mobilização natural dos radionuclídeos naturais'.
Esta afirmativa mostra claramente como é tendenciosa e alarmista a divulgação feita pelo Greenpeace levando dúvidas e desconfiança à sociedade e, especialmente no caso de Caetité, medo à sua população".


"Querem ver um milagre? Sejam o milagre!"

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